sexta-feira, 29 de maio de 2015

A conjuntura econômica


Nos últimos anos, a economia marroquina se caracterizou por uma estabilidade macroeconômica, associada a uma baixa inflação. Após um crescimento econômico dinâmico em 2013 (5%), ela diminuiu em 2014 (3,5%), devido principalmente à queda dos rendimentos agrícolas. No entanto, a economia está sólida, assente nas exportações, no desenvolvimento do investimento privado e no turismo (10% do PIB). Espera-se que o crescimento aumente em 2015, graças à atividade manufatureira e aos serviços.

Fortemente afetado pela crise da zona euro, o Marrocos se voltou para os países do Golfo para atrair investimentos. Com o apoio do FMI, o país realizou reformas estruturais que estão a começar a dar frutos. Os subsídios aos bens de consumo corrente diminuíram de 5 para 3 bilhões de euros entre 2012 e 2014, nomeadamente através da liberalização dos preços da gasolina. Os subsídios aos produtos petrolíferos foram suspensos em dezembro de 2014. A política de austeridade em curso visa reduzir o déficit público; uma reforma do IVA está prevista em 2015. O Marrocos deverá ainda reformar o sistema de pensões, atualmente deficitário. No entanto, o projeto de aumento da idade de aposentadoria levou a manifestações em outubro de 2014. No final do ano, o Marrocos se recusou a acolher a Copa Africana das Nações (CAN), alegando o risco de disseminação do Ebola. Essa decisão é susceptível de prejudicar a reputação do Marrocos, numa altura em que o país implementa uma estratégia de desenvolvimento econômico na África Subsaariana, sendo o segundo fornecedor de IDE na África. Em março de 2014, o rei deslocou-se à África Ocidental para assinar vários acordos econômicos. O Marrocos investe em energia renovável a fim de reduzir a dependência do petróleo (95% do consumo energético atual). A exploração de petróleo e gás também foi relançada. O país também lançou, no início de 2014, uma estratégia industrial para 2014-2020 para atrair empresas estrangeiras e lutar contra o desemprego. Neste contexto, o Marrocos realça os baixos salários locais e a criação de um fundo de 1,8 bilhões de euros para as empresas que se estabeleçam no país.
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